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PRESENTE DE ANIVERSÁRIO

Em tempo de presentes e de reflexões, como agradar ao Sublime Aniversariante neste 25 de dezembro?

É muito comum dar presentes quando queremos agradar a alguém. Nesse ato, no entanto, existem dois empecilhos — ter dinheiro ou tempo disponível, e saber mais ou menos do que a pessoa a ser presenteada gosta. Ter dinheiro, porque a maioria dos presentes são comprados, não são de graça. Tempo disponível, porque um presente pode ser dado apenas por meio de doação de tempo. Presentes que envolvem doação de tempo, aliás, são muito apreciados. E cabe lembrar ainda: para se ter certeza de que o presente vai agradar, no mínimo é preciso conhecer um pouco que seja da personalidade de quem vai receber.

Sublime Aniversariante

Neste Natal, fico a pensar num presente digno para o Aniversariante Maior, o Mestre Jesus. Bem, urge conhecê-Lo melhor para acertarmos no presente. Folheei três livros, pensando em escrever este texto. E fiquei a meditar — quanto já não se escreveu sobre Jesus! Em torno do Mestre e Na seara do Mestre, de Vinicius (Pedro Camargo), Antologia mediúnica do Natal, de diversos autores, pela psicografia de Chico Xavier, são joias preciosas que guardo na estante.

Se Jesus voltasse em pessoa, diz-se, dificilmente seria recebido de forma diferente do que o foi em Belém há mais de 2.000 anos. O panorama atual se ressente ainda do cultivo dos chamados valores eternos. Vivemos transições angustiosas, em época de violência exacerbada e de tantos tratamentos desiguais por parte do seres humanos com seus iguais. Mas é chegada a hora. Como diz Emmanuel, "se, por agora, não nos é possível envergar a túnica dos anjos, podemos e devemos matricular-nos na escola dos espíritos bons". Isso se revela inadiável. 

Nas reflexões que a data magna da cristandade enseja, pensemos no cultivo do dom da humildade e da perseverança, vestindo a camisa (ou a túnica) de operários do Bem. Já que a humanidade não pode mais esperar pela nossa renovação, eis o presente para Jesus — alistarmo-nos como seus operários. Operários, mensageiros, executores, medianeiros, para que o Bem, o Amor e o Perdão se estabeleçam definitivamente sobre o planeta. Nenhuma transformação chegará por um toque de mágica. Chegará pela ação de cada um de nós. Como operários fiéis, plantando segundo a receita de Jesus, a colheita servirá a nós e a Ele. Eis o presente para o Divino Carpinteiro, que, a propósito, não envolve dinheiro.

Engajados nessa campanha de trabalhadores/colaboradores, dividindo o que temos de melhor, estendendo a mão, agindo na direção do Bem Maior, veremos concretizado sobre a Terra o Reino de que Ele tanto falou. E Jesus será não mais recebido numa estrebaria, mas no berço acolhedor de nossos corações transformados. E teremos todos, sempre, um Feliz Natal, na certeza de que acertamos no presente. 

Aristides Coelho Neto, dez. 2009

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