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NATAL... 2008 ANOS DEPOIS

Quem é o maior homenageado neste 25, em que os apelos do comércio falam mais forte e em que a figura do Papai Noel é tão exaltada? Ora, o Sublime Aniversariante se chama Jesus! Somente Ele deve ser o centro das atenções. Reverenciá-lo, é muito simples!

 

Chega o Natal mais uma vez. Com ele os apelos do comércio, com papais noéis por todos os lados. Não era tanto assim nos tempos de nossos bisavós. Naquele tempo o Papai Noel era chamado apenas de São Nicolau.  Nos dias de hoje, com a poderosa mídia, de novíssimos recursos de comunicação, obviamente, aumentou – e  em muito –  a expectativa de milhões de crianças quanto aos prodígios do bom velhinho. Pois é, dizem que ele é milagreiro, nessa missão de distribuir presentes a qualquer criança do planeta.  Melhor dizer que ele é um mágico. E todo mágico usa de ilusionismo, aqueles truquezinhos de prestidigitação. E nem nesses truques ele é lá muito bom, já que não consegue atender a todas as crianças. Um mágico fraquinho, digamos. E por vezes bem tendencioso, temos de admitir.

Mas o que tem de real o nosso Papai Noel?  Bem, essa carinha simpática foi dada pelos americanos. E se alguma criança resolver escrever para ele na Lapônia, acabará não tendo dúvidas de que Papai Noel existe mesmo! Ele é cheio de  assessores que o mantêm vivo e real.

Vejamos o que há de verdadeiro quanto à figura do Papai Noel. O nosso Father Christmas ou Sint Niklass ou Santa Claus ou  Père Noel, foi inspirado em São Nicolau. Só que o atual Papai Noel nada tem a ver com  São Nicolau. Este realmente existiu.  Patrono da Rússia, patrono dos marinheiros, de todos os santos protetores, talvez tenha sido o mais popular da Idade Média. Nasceu no ano de 270 e foi bispo de Mira, na Lícia (hoje Turquia).  Era conhecido por sua extrema bondade.  Costumava ajudar os necessitados, a quem nunca deixava transparecer ser ele o autor das ações de auxílio.  Costumava também distribuir presentes para as crianças. E houve época em que era retratado sobre um cavalo branco. Sua roupa vermelha de bispo é que originou essa indumentária que hoje vemos no velhinho simpático e sorridente, que mais aparece no vídeo em dezembro. Isso mesmo que vocês estão pensando – Nicolau era um cristão genuíno.

Separemos, no entanto, as coisas com muita lucidez, cristãos que somos.  Natal mesmo, para nós, é a data em que se comemora o nascimento de Jesus.  Por ser Jesus,  nosso Mestre e Modelo Maior, chamado Homem-Deus, o enviado de Deus, é Ele o personagem mais importante do 25 de dezembro.  Este, sim, é real. 

Sabemos que existe muita hipocrisia das mensagens veiculadas pela mídia.  Não quero inspirar, longe disso, nenhum tipo de revolta quanto ao turbilhão comercial e quanto à prevalência da insensibilidade quanto aos que sobrevivem na miséria.  Não sejamos desmancha-prazeres em ocasiões em possa falar mais alto tudo que sabemos efêmero em nossa concepção.  Participemos das comemorações. Mas deixemos a nossa marca. No lugar em que estivermos, na comemoração do Natal, vamos usar de jogo de cintura, e transmitir discretamente, em meio aos pagodes e às bebedeiras, algo de bom, na palavra amiga, na mensagem espiritualizada e esclarecedora, no exemplo de postura e conduta moral.  Essa é a parte que nos cabe na construção de um mundo melhor e por que não também, e exatamente, na hora nas comemorações muitas vezes equivocadas?

Não! Não pensem que o mundo está pela hora da morte, perdido.  Existem milhões de pessoas na Terra  que comemoram o Natal com a maior dignidade.  Não há dúvida que o planeta vê-se tomado nessa época pelo influxo do Mestre.  As pessoas ficam um pouquinho melhores e tentam assim permanecer durante o ano que se aproxima.  É o fechamento de um ciclo, um renascer de esperanças.

E o Natal do cristão deve ser revestido dessa constatação.  O mundo não é somente o palco de perversidades que os noticiários adoram veicular.  Continuemos atentos, entretanto, ao nosso papel nesse contexto.   

Como sabem, esse tal de Papai Noel – hoje um arremedo de São Nicolau –  aparece uma vez por ano. Traz presentes para alguns somente, claro, por não ser mágico nem milagreiro. Já  o Sublime Aniversariante, Jesus, é sempre presente. Ele supre todas as nossas necessidades. Ele tem a receita da felicidade...  E não imaginem que o estabelecimento do Reino que Ele mencionou se fará por meio de um milagre, que transformará a humanidade. E esta só se transformará quando nos oferecermos como colaboradores de boa vontade para que o Reino de Deus se concretize na Terra.

O final de 2008 pode ser um começo para isso. Desejo que as reflexões deste final de ano sejam altamente positivas, ensejando mudanças internas que se refletirão na moldagem de uma sociedade fraterna. E uma sociedade onde impere o Amor nada mais é que o Reino tão falado.

Feliz Natal a todos!

Aristides, 25.12.2008

PS – A seguir um excelente texto que pode enriquecer a forma de o cristão estabelecer a benfazeja ponte com o Pai Criador por meio da oração.  

 

MESTRE E APRENDIZ

... e  respondendo ao discípulo que lhe pedira ensinasse a orar, disse o Mestre generoso:

“Quanto rogares amor, não abandones o próximo ao frio da indiferença.

Quando suplicares o dom da fé viva, não relegues teu irmão à descrença ou à tortura mental.

Quando pedires luz, não condenes teu companheiro à perturbação nas trevas.

Quando solicitares a bênção da esperança, não espalhes o fel da desilusão.

Quando implorares socorro, não olvides a assistência que deves aos mais necessitados.

Quando rogares consolação, não veicules o desespero à margem do caminho.

Quando pedires perdão, desculpa os que te ofendem.

Quando suplicares justiça, em favor da própria segurança, não te descuides da harmonia de todos que precisas assegurar ao preço de tua renunciação e de tua humildade, a benefício dos que te cercam.

Se reclamas pela claridade da paz, não estendas a sombra da discórdia; se pedes compreensão, não critiques; se aguardas concurso do Céu, não menosprezes a colaboração que o mundo te pede à boa vontade.

Assim como fizeres aos outros, assim será feito a ti mesmo.

Segundo plantares, colherás.

Não olvides, assim, que a Vontade do Senhor é também a Lei Eterna e que tudo te responderá na vida, conforme os teus próprios apelos.

Vai, pois, e, orando, perdoa e ajuda sempre!...”.

Foi então que o aprendiz, reconhecendo que não basta simplesmente pedir para receber a felicidade, passou a construí-la através do serviço à felicidade dos outros, compreendendo, por fim, que somente pelo trabalho incessante no bem poderia orar em perfeita comunhão com a Bondade de Deus.

Emmanuel (Antologia Mediúnica do Natal. Rio de Janeiro: FEB, 1982. 2. ed., p. 116)

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