Senhor Redator,
Correio Braziliense
Duas caras
Material com defeito é coisa que acontece. E o comerciante pode contornar esse problema natural junto ao cliente. É só usar tato.
A Casa do Fazendeiro, na Asa Norte, vendeu-me um machado da marca Duas Caras. O machado (não estou falando do cabo) quebrou-se na tentativa de corte de uma espatódia. Voltei ao estabelecimento e ao tentar trocar a peça por outra, o vendedor, orientado pelo seu gerente Sebastião, afirmou que não faz trocas desse tipo. Ainda alegou – para me consolar – que é dificílimo acontecer coisas assim com o machado Duas Caras. Mais um motivo para trocar e deixar o cliente satisfeito, não acham?
Caso contrário, podemos concluir que o sistema de vendas da Casa do Fazendeiro apresenta também duas caras – uma cara na hora de vender, outra cara na hora de recusar-se a trocar.
Comprei outro, lá mesmo e da mesma marca, que está em teste doméstico. Bananeira, o machado Duas Caras cortou muito bem. Tablete de manteiga, Duas Caras também corta bem. Espatódia, nem pensar. Aroeira? Deixe de brincadeira...
Aristides Coelho Neto (28.1.1995)
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-Mensagem Original-
De: Ari
Para: grita@correioweb.com.br ; sredat@correioweb.com.br
Enviada em: sexta-feira, 18 de março de 2005 21:53
Assunto: Postos de combustíveis
Preço do álcool no DF
O assunto da mudança de destinação de áreas para postos deixa sempre todo mundo atento. E todos sabem por quê. Porque venda de combustível é coisa pra lá de rentável. Sendo pra lá de rentável, envolve inúmeros desdobramentos e jogos de interesse. Desperta a cobiça e aqueles ignóbeis sentimentos de cada um.
Coisa curiosa hoje em dia ocorre com o aumento da procura por álcool em função de veículos flex, o álcool assume valores tão altos quanto inexplicáveis por estas bandas de Brasília.
A gasolina tem aqui praticamente o mesmo preço de São Paulo. Mas o preço do álcool no DF é de doer. No interior de São Paulo, a diferença entre o preço da gasolina e o do álcool é de R$ 1,00 a R$ 1,10, pasmem! Em Brasília parece que a meta é “encostar” o preço do álcool no preço da gasolina.
Dirão os donos de postos/distribuidoras que “é o frete!”. Mas minha gente, o frete das refinarias para cá não é o mesmo tanto para álcool como para gasolina? Não somos tão burros!
Há quem recorrer? Severino Cavalcante? Melhor não. Ele pode se zangar, arrumar um artifício e a coisa ficar ainda pior, como no caso recente da farra do legislativo, aquela do aumento escancarado dos deputados.
Aristides Coelho Neto (18.3.2005)
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Senhor Redator,
Correio Braziliense
Lições de cidadania ao contrário
Em vez de cometer uma única infração ao jogar papel pela janela de seu carrinho prata JFT etc., o motorista preferiu jogar picadinho. Eram 14h56 do dia 18.5.2001, sexta, na via W-1, altura da 114/314 Norte. Transformou o que era um em cinqüenta e arremessou à esquerda, dando sua “contribuição” à limpeza da cidade. Enquanto anoto a placa, o sujão tira as mãos do volante, penteia-se com a direita, enquanto ao mesmo tempo ajeita com a esquerda para dar o toque final. Penteou-se rapidinho, é claro. Seguiu feliz lá pras bandas da 214 norte. E durma-se com um barulho destes.
Aristides Coelho Neto (18.5.2001)
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