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Roubo e seqüestro de ônibus perto de Brasília

Foram 5 mil folhetos distribuídos na Rodoferroviária. Um serviço de utilidade pública aos usuários de linhas interestaduais originadas em Brasília ou que passam pela cidade. Assaltos a ônibus viraram coisa comum nos arredores da Capital da República.

Fiquem atentos!

No dia 2.12.2008, eu viajava de Brasília para S. J. do Rio Preto-SP, pela empresa REAL REUNIDAS. À meia-noite, fomos assaltados por cinco bandidos mascarados e armados, que tomaram o ônibus entre Cristalina e Catalão, perto de Ponte Alta, estado de Goiás. Andaram 40 minutos conosco em sentido contrário, quando nos levaram para fora da rodovia. Estávamos em 30 passageiros, incluindo várias crianças. Passamos por muito medo, agressões, humilhações. Perdemos dinheiro, objetos pessoais de mão e das bagagens.

foto acn, 11.12.2008 - Brasília, 20h, 11.12.2008, dia em que fui impedido de distribuir panfletos de utilidade pública aos passageiros da linha que vai de Barreiras a StoÂngelo, da REALNão sei das providências da polícia para desvendar o crime, mas quanto ao ônibus da REAL REUNIDAS, constatou-se que ele não tinha rastreamento, viajava com só um motorista, não andava em comboio (com outros ônibus), não tinha rádio-comunicação, não tinha segurança armada. E o motorista já havia sido assaltado.

Naquela noite de terror, depois do ocorrido, constataram-se dificuldades grandes de contato do motorista com a empresa REAL REUNIDAS. Tanto é que tive de emprestar meu celular para agilizar procedimentos.

Levei uma coronhada dos bandidos e tive prejuízos em pertences (câmera fotográfica, relógio, dinheiro, etc.). E a REAL REUNIDAS não vai me ressarcir, apesar de a empresa ter infringido, em vários pontos a meu ver, o que prescreve a Resolução 233/2003 da ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres.

A REAL afirma que não tenho seguro, pois este é facultativo. Entendo que, ao vender a passagem, a REAL REUNIDAS estava garantindo zelar pela minha segurança. E tinha obrigação de me pôr a par dos perigos do trecho. Ressalte-se que não assinei que concordava em viajar sem seguro – eu desconhecia o detalhe. Colado no guichê, apenas um aviso sobre seguro facultativo.  Quem quiser que ache e leia, deve ser o lema...

Pesquisando, agora sei que são muitos e muitos casos iguais ao meu.

Já que a empresa não faz a sua parte, tomem os seguintes cuidados — convençam o motorista a andar em comboio; fiquem atentos a qualquer movimento estranho na estrada; não deixem todo seu dinheiro em um lugar só. Em caso de assalto, não reajam! E verifiquem sempre quais são os seus direitos e a quem procurar em situações assim.

E que Deus os proteja!

Aristides Coelho Neto, de Brasília, em 17.12.2008

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