MATÉRIAS E RELEASES

Um instante, maestro

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Alguém, um dia, ainda vai escrever a história da música em Rio Preto, contar as aventuras e desventuras das pessoas que se atreveram a fazer o fundo musical da cidade – da Orquestra Municipal regida pelo maestro Quaranta ao Grupo Apocalipse, da Banda Paratodos de Florindo Mani ao Realejo, passando pelos “conjuntos” decalcados no êxito dos Beatles, aí pelos anos 60. Acho que o Lelé Arantes já me disse, uma vez, que acalenta este projeto, mas a idéia patina nas proverbiais dificuldades de publicar um livro em nosso país. A música rio-pretense é uma seara na qual tenho mesmo medo de entrar, pelo risco certo de omitir nomes e iniciativas importantes, tantas são as figuras envolvidas nesse assunto. Mas não há nada que consiga traduzir com mais precisão o lento e longo processo de modernização da cidade do que a evolução dos ritmos que marcaram o compasso da grande melodia escrita pela história. Só há poucas semanas li o instigante “Rio Preto na Rota dos Asteróides”, livro de memórias e de investigação saudosista publicado em 2000 pelo arquiteto rio-pretense Aristides Coelho Neto. A pretexto de relatar a trajetória do grupo musical diletantista “Os Asteróides” (do qual fazia parte com mais três amigos), Coelho repõe fragmentos importantes da história da cidade nesse período, fixando-se com especial atenção na notabilidade do rádio para a sociedade da época. De fato, o rádio dos tempos pioneiros – com seus auditórios lotados, de onde eram transmitidos programas ao vivo – parece ter uma história imbricada com a música. Nos anos 60, época dos “Asteróides”, os conjuntos musicais (hoje esquisitamente apelidados de “bandas”) nasciam e floresciam com o objetivo de apresentarem-se na be-oito, na Difusora... Os apresentadores de programas concorrentes assediavam esses grupos na tentativa de convencê-los a tornarem-se seus “artistas exclusivos”, ainda que sem oferecer nenhum tipo de vantagem financeira.

“Os Cometas”, “The Five Kings”, “Big Boys”, “Lonely Boys”, “Mugs”, “Vox VI”, “Saturno Som” e “Apocalipse”, entre outros, surgiram mais ou menos dentro desse mesmo contexto, inicialmente com repertórios comportados – que incluía sucessos de Trio Los Panchos, por exemplo – e depois chegando à rebeldia consentida de uma época em que o ato de ir a uma farmácia comprar preservativos era um difícil exercício de dissimulação e coragem. A cidade era mais musical, eu acho. O Automóvel Clube promovia o Famus – o concorrido Festival Amador de Música. No ginásio do Palestra aconteceu certa vez o concurso “Guitarra de Ouro”. Os conjuntos apresentavam-se em bailes pela região e proliferavam em todo canto as tais “brincadeiras dançantes” entre colegiais que bebiam licor de menta, fumavam Minister king size e ouviam “Je t´aime”.

Para outro público, o maestro Roberto Farath tocava no Automóvel Clube, sempre aliando sua técnica e sensibilidade invejáveis a uma incontida espirituosidade crítica que o fazia escolher entre o risco de perder o amigo, nunca a piada. É Coelho quem conta em seu livro que, certa vez, durante apresentação de gala no clube, com a presença do embaixador de Portugal no Brasil, sob clima de pompa e circunstância marcado até mesmo pela presença de policiais circunspectos em uniforme de gala, a embaixatriz empolga-se e pede para alguém dirigir-se até o palco com um pedido musical:

— Peça para a orquestra tocar “Elvira”!

Quando sussurrou o pedido no ouvido do maestro, o mensageiro e todos os presentes puderam ouvir a resposta de Farath pelo microfone:

— Olha, diga para essa dona que a única Elvira que eu conheço é “Elvira do Ipiranga às margens plácidas” – a última frase entoada em ritmo de Hino Nacional.

Viva a música!
José Luís Rey – 3.10.2006


Capas do livro

Aristides Coelho Neto, rio-pretense que mora em Brasília, lançou recentemente RIO PRETO – Na Rota dos Asteróides (Fragmentos da História de S. José do Rio Preto), obra de 300 páginas, contendo 100 ilustrações (Ed. Rio-Pretense). O prefácio é do jornalista Lelé Arantes e da pedagoga Helaine Munia. 
Numa narrativa de desdobramentos imprevisíveis, a partir de um velho diário do conjunto Os Asteróides dos anos 60, o leitor é levado a uma viagem no tempo. Os relatos romanceados trazem à tona aventuras no Instituto de Educação, a época áurea da PRB-8 e do Cine Rio Preto, Beatles, Elvis, Jovem Guarda, os anos de chumbo da Revolução de 64.
Um despretensioso resgate, que mistura humor, poesia, música, nostalgia, críticas, depoimentos, focalizando personalidades da música, do rádio, do jornalismo, da política, da cultura, que fizeram história no cenário de Rio Preto.
A obra nos traz personalidades da música, do rádio, da cultura de São José do Rio Preto, como Renato Perez, Mário Longhi, Lelé Arantes, Dorival Tomás (Vavá), Helaine Munia, Sylvia Purita, Tânia Maldonado, Maria Lúcia, Dinorath do Valle, Araújo Neto, Orquestra Paratodos, Ivan Baraldi Ferraz, Wande Tedeschi, Os Modernistas, J. Oliveira, Agostinho Brandi, Silveira Coelho, Nilce Lodi, Aloysio Nunes, Altino Bessa Marques Filho, Amaury Júnior, Roberto Souza, Alexandre Macedo, Dácio Marçal, Messias Mattos, The Big Boys, Os Cometas, Roberto Toledo, Santos e Seu Conjunto de Gaitas, César Muanis, Roberto Farath e muitos outros...

Aristides é arquiteto, professor,  tradutor do romance espanhol Perdôo-te, de E. Pagés e Amália Domingo Soler (Ed. LGE, Brasília, 1997),  autor da ficção espiritualista  Estágio no Planeta Terra (Ed. LGE, Brasília, 1998). Lança agora Rio Preto – Na Rota dos Asteróides (Ed. Rio-Pretense, S. J. do Rio Preto, 2000).
Em 1964 e 1965, em Rio Preto, foi integrante do conjunto Os Asteróides, ao lado de Altino Bessa Marques Filho, Paulo César dos Santos (Paulo Presley), Flávio Ferrari Aragon, Vavá, Pedro Santiago, Wagner Pero, Demair Luiz Vieira (Carangola).

A RECEITA DE SE FAZER UM LIVRO

Um jovem rio-pretense sai de sua cidade para fazer faculdade. Passa por São Paulo, fixa-se em Brasília.  Distante de Rio Preto, manteve sempre vínculos sentimentais com sua terra. Passados trinta anos de sua saída, volta a atenção para um velho diário dos anos 60, onde detalhadamente estão relatados episódios vividos à época do conjunto musical Os Asteróides, em Rio Preto.  Um velho diário assume então características de um livro que, agora lançado, prende a atenção das pessoas de forma inusitada.  Eis a receita de RIO PRETO – Na Rota dos Asteróides, de Aristides Coelho Neto.  Parece simples esse jeito de conceber uma obra.  E um pouco teórico.  Na verdade, foram quatro anos de trabalho, muitas andanças, muitos desdobramentos.  Interessante observar que o leitor quase que segue o mesmo caminho percorrido pelo autor – o que era imprevisível para Aristides, em sua narrativa, também passa a ser para o leitor.

ORIGINALMENTE, UM RESGATE RADIALÍSTICO E MUSICAL DOS ANOS 60

É Aristides que esclarece. “A idéia inicial era falar especificamente sobre a nossa banda dos anos 60 e sobre figuras de destaque do rádio e da música que compartilhavam conosco o mesmo espaço na mídia.  Logo percebi que os artistas e os profissionais do rádio à nossa volta eram muito mais importantes que nós dos Asteróides. E por isso, mereciam uma especial atenção”.  A mídia, como se sabe, nos anos 60, em Rio Preto restringia-se a rádio AM e jornais.  A televisão estava engatinhando. Quem folheia o livro logo percebe que o autor não se limitou à idéia original.   Enveredou pela história de Rio Preto, desde os seus primórdios. Na parte autobiográfica passeia pelos idos de 1926, quando o Álbum da Comarca estava sendo elaborado.  Abrange Mirassol em sua pesquisa, trazendo fragmentos da história de Rio Preto e região na forma de dados, de ilustrações, de declarações com sabor de ineditismo.  Os relatos sobre os anos 50 – que prefaciam a abordagem sobre os “anos dourados” – nos fazem mergulhar em reminiscências de cidadãos rio-pretenses comuns, de pessoas simples que depois do jantar traziam as cadeiras para as calçadas ou iam fazer o “quilo” caminhando até o centro, para ouvir uma banda no coreto, comer pipoca na Bernardino, olhar os cartazes do Cine Rio Preto, desfrutar da frescura da fonte da praça.  A Catedral de São José é estampada logo na capa.  Parece uma provocação do autor para despertar saudade e sempre um comentário de insatisfação do leitor que não se conforma com a troca do histórico pelo novo, de estilo duvidoso.   A represa, cartão-postal de Rio Preto, é mostrada numa foto sugestiva, também na capa.  E a sobriedade da cidade surge em pano de fundo, na beleza inconteste do azul do céu prestes a dar lugar às estrelas, sempre ofuscadas pelos numerosos edifícios iluminados.  Ainda na capa, Os Asteróides, em sua segunda fase, na boate do Rio Preto Automóvel Clube.  Na quarta capa, comparece por duas vezes o símbolo evocativo da era do rádio – o enorme microfone, apelidado “jacaré” pelos profissionais do rádio.
Aristides demonstra um humor refinado no livro, na menção às gafes do rádio e às agruras por que passou no que chama de “aventura literária”.   Assim, a narrativa é metalinguagem pura, numa obra que assume proporções de jornalismo histórico.  E o autor não poupa críticas também, ao lado de afirmações que ensejam muita reflexão, e deixam o que pensar...

OPINIÕES DOS LEITORES

Os irmãos Marconi, Olinda e Milton – ela artista plástica, ele bibliófilo – se manifestam com entusiasmo quanto a RIO PRETO – Na Rota dos Asteróides.  “É um livro para ler-se de um só fôlego e foi como o lemos. Como se folheássemos o diário de qualquer um de nós, pessoas simples, que no seu cotidiano, fizeram uma parte da história da nossa querida Rio Preto”, diz ela.  “Aristides, em seu despretensioso resgate, e na vontade de homenagear pessoas, algumas delas relegadas ao anonimato, nos emociona, fazendo voltar a nossa memória fatos que deixaram marcas no cenário de Rio Preto”, diz Milton, em meio à sua coleção de primeiras edições, de inestimável valor.

Nilce Lodi, historiadora, presidenta do Comdephact se estende um pouco mais: “É um livro de relembranças – as lembranças mais fortemente arraigadas na memória do autor. Lembranças da infância, dos jogos e das brincadeiras; da juventude, da música e dos músicos; da cidade. Boas lembranças de um tempo que ficou registrado na memória de todos aqueles que viveram experiência semelhantes.  Revela aos mais novos, uma cidade simples, ingênua, cheia de encantos, através dos olhos de uma criança, e resgatada, agora, pelo autor.  Começa contando sobre um tempo das conversas, das histórias, no quintal, na cozinha, na calçada (p. 36) e vai muito mais além.  Aristides está de parabéns pelo belo trabalho com que nos presenteia e enriquece a bibliografia sobre nossa cidade e região.  Só alguém capaz de amar sua terra natal, sem constrangimentos, é capaz de revelar o dia-a-dia vivido com intensidade, em todos os detalhes e significados pessoais.  Memorialista por vocação, Aristides nos dá a sua visão da história da cidade em que viveu, cidade que cresce  a cada dia e vai desaparecendo pouco a pouco, dando lugar a uma metrópole com novos encantos, mas sem o sabor dos anos 50 e 60.  Décadas em que cantar fazia parte integrante do viver com intensidade, seus ideais e suas esperanças.  Recomendo o livro RIO PRETO – Na Rota dos Asteróides (Fragmentos da História de Rio Preto) de Aristides Coelho Neto, especialmente aos jovens de ontem, de hoje e de amanhã.” 
Altino Bessa Marques Filho, psiquiatra e músico, também protagonista do livro, é rápido e rasteiro nos comentários: “O que dizer sobre a essência de nossas vidas reportada magistralmente  nas trezentas páginas de Rio Preto – Na Rota dos Asteróides? Só apelando para a alta prosopopéia: ‘É simplesmente inefável! Ou para a saborosa fala da nossa região:  – Ê, esperto Aristides! Achemo  é poco ! Queremo ôto ! Nóis é chique no úrtimo...’”

AGUÇANDO A CURIOSIDADE

Você sabia que o nosso showman rio-pretense Mestre Boca participou da montagem do primeiro submarino de Uchoa?
Conhece as teorias da professora Sylvia Purita sobre coisas do coração?
Abílio Abrunhosa Cavalheiro, autor do Álbum da Comarca de Rio Preto, de 1927, teria dito aquelas frases numa tarde calorenta no Jardim Velho, em 1926?
O que Dinorath do Valle está preparando para o leitor quanto ao Golpe de 64?
Como Dácio Marçal se apresentava em 1965?
Por que Florindo Mani era tão condescendente no parcelamento das dívidas dos Asteróides? E por que tanto protegia os músicos?
O que acontecia no Instituto de Educação Monsenhor Gonçalves na calada da noite? 
Como Amaury Júnior se manifestou diante das cartas do autor?
O que César Muanis e Araújo Neto, na realidade, pensavam dos Asteróides?
Como o ouvinte imagina os bastidores do Programa Roberto Souza, o Dono da Noite, da rádio Brasil Novo?
Além de tapinha nas costas, como um vereador de Rio Preto se manifesta diante de uma obra cultural?
Por que Tânia Maldonado era considerada a Xuxa dos anos 60 em Rio Preto?
Por que algumas aulas do professor Daud Jorge Simão eram tão interessantes?
Quais os professores que se posicionavam estrategicamente para ver as garotas de saias curtinhas subirem as escadas?
Qual a razão de Rio Preto – Na Rota dos Asteróides ter apenas um personagem sem nome?
Quais eram as derradeiras preocupações de Renato Perez?
Quais eram os protagonistas da versão rio-pretense de Festa de Arromba? 
O rio-pretense foi ou não foi conivente com a Revolução de 1964?
O leitor achará estas respostas e muitas outras adquirindo a obra que está mexendo com a cidade.

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Correio Brasiliense

Correio Brasiliense

Lembranças de Rio Preto

Folha de Rio Preto

‘Os Asteróides’ e a história da música

Lélé Arantes
Memória da Cidade, Folha de Rio Preto, 4.5.2003, B-13

Foi em março de 2000 que Aristides Coelho Neto me procurou para falar do seu livro “Rio Preto na Rota dos Asteróides”. Tinha vindo de Brasília, onde mora até hoje. Primeiro, ele explicou que ‘Asteróides’ era o nome de um conjunto musical fundado nos anos 60. Ele falava do seu livro com um entusiasmo contagiante, que logo eu me vi envolvido no seu projeto, de tal forma que terminei cedendo o logotipo e o nome da editora para que ele pudesse obter catalogação profissional para a sua obra. Aristides cuidava de suas pesquisas e escritos com o esmero de um pai amoroso a cuidar de uma criança.
Ler o livro de Aristides Coelho Neto é penetrar nos ambientes musicais e estudantis do início dos anos 60. É saber que Omar Ismael, hoje médico e presidente do Sicred, foi diretor do jornal “O Renovador”, do Instituto de Educação Monsenhor Gonçalves, em 1964, tendo como companheiro redator Munir Tarraf; e que a cidade tinha seus cantores próprios, que se apresentavam nas rádios, tais como Maria Lúcia Ferreira, da PRB-8; que nos agitados anos 60 a cidade vivia uma efervescência musical de tirar o fôlego.
Aristides é detalhista e trabalha as palavras e as informações com a mesma delicadeza dos traços de uma bela arquitetura. Aliás, não podemos esquecer que Aristides é arquiteto, formado pela UnB (Universidade de Brasília).
Para narrar a história dos ‘Asteróides’, ele permeia a história da cidade e visita cada rosto do passado. Nas laterais das páginas, ele nos apresenta uma série de poesias de Minas Kuyumjian Neto, filho dos jornalistas Eduardo Kuyumjian e Dinorath do Valle e, nos rodapés, presta informações históricas de grande valia para os novos historiadores rio-pretenses, entre os quais me incluo. Quem é que iria saber que o comentarista esportivo Hitler Fett foi um dia perfumista da Drogaria Baruel? E que a rádio Difusora de Rio Preto furou o famosíssimo “Repórter Esso” na notícia sobre a morte do Presidente Kennedy, em 1963, simplesmente porque o radialista Roberto Costa (hoje, Camilo Roberto) tinha costume de ouvir a rádio Voz da América! Claro, devia ouvir em inglês. Tanto que três anos depois, Roberto Costa abandonou o rádio para investir na carreira de professor e tradutor.
O livro de Aristides é carregado de emoções e informações da primeira à última página. Ele apostou na saudade, nas reminiscências de cada um, para publicar um livro que deveria ser lido por todas as pessoas que amam Rio Preto. Entre músicas e personagens, o livro vai desfiando, página a página, a história do rádio e da própria música da cidade.
O livro mostra ‘Os Asteróides’ tocando e cantando no auditório da PRB-8. No primeiro momento, o conjunto era formado por Aristides, Altino (Bessa Marques Filho), Vavá (Dorival Tomás) e Pedrinho (Pedro Santiago Alves Júnior). Na segunda fase, Aristides e Altino formaram ‘Os Asteróides’ com Demair Carangola (Demair Luiz Vieira), Paulo Presley (Paulo César dos Santos) e Flávio Aragon. Mas nem sempre o quinteto era o mesmo: às vezes faltavam um ou dois, como no baile de Cosmorama, em 10 de dezembro de 1964, quando o conjunto foi tocar com Altino, Aristides, Demair, Inocêncio (Amaral Júnior) e Vítor (Aparecido Carvalho).
Mas Aristides não fica apenas na trajetória de ‘Os Asteróides’. Ele nos traz os grandes maestros que atuaram em Rio Preto, como Osmar Milani, Aristides Zacharias e Renato Perez; relembra a família Moura à qual pertence Paulo Moura; perpassa com carinho a vida dos grandes radialistas do passado e salienta a vivência cultural dos rio-pretenses.

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UMA NOVIDADE EM RIO PRETO, na segunda quinzena de julho

Aristides Coelho Neto, rio-pretense que mora em Brasília, lança o livro RIO PRETO – Na Rota dos Asteróides, de 300 páginas, contendo 100 ilustrações (Ed. Rio-Pretense), com prefácio de Lelé Arantes. 
Numa narrativa de desdobramentos imprevisíveis, a partir de um velho diário do conjunto Os Asteróides dos anos 60, o leitor é levado a uma viagem no tempo. Os relatos romanceados trazem à tona aventuras no Instituto de Educação, a época áurea da PRB-8 e do Cine Rio Preto, Beatles, Elvis, os anos de chumbo da Revolução de 64.
Um despretensioso resgate, que mistura humor, poesia, música, nostalgia, críticas, depoimentos, focalizando personalidades da música, do rádio, do jornalismo, da política, da cultura, que fizeram história no cenário de Rio Preto.
A obra nos traz Renato Perez, Mário Longhi, Lelé Arantes, Waldeluir Dublim, Vavá, Helaine Munia, Sylvia Purita, Tânia Maldonado, Maria Lúcia, Araújo Neto, Orquestra Paratodos, Ivan Baraldi, Mustafa Jamal, Os Modernistas,  J. Oliveira, Agostinho Brandi, Silveira Coelho, Nilce Lodi, Aloysio Nunes, Balthazar Jacob, Altino Bessa Marques, Amaury Júnior, Roberto Souza, Alexandre Macedo, Dácio Marçal, Messias Mattos, The Big Boys, Os Cometas, Roberto Toledo, Santos e Seu Conjunto de Gaitas, César Muanis, Roberto Farath, Irineu Maia, e muitos outros...

Arquiteto, professor, tradutor do romance mediúnico espanhol Perdôo-te, de E. Pagés e Amália Domingo Soler (Ed. LGE, Brasília, 1997),  autor da ficção espiritualista Estágio no Planeta Terra (Ed. LGE, Brasília, 1998), lança agora Rio Preto – Na Rota dos Asteróides (Ed. Rio-Pretense, S. J. do Rio Preto, 2000).
Em 1964 e 1965, em Rio Preto, foi integrante do conjunto Os Asteróides, ao lado de Altino Bessa Marques Filho, Paulo César dos Santos (Paulo Presley), Flávio Ferrari Aragon, Vavá, Pedro Santiago, Wagner Pero, Demair Luiz Vieira (Carangola).

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