AGRADECIMENTOS QUE CONSTARAM DA PRIMEIRA EDIÇÃO - 1998

...

AGRADECIMENTOS

"a Fabinho, que era garoto quando comecei — guardo o primeiro esboço que fez de Rovi."

Essa menção a Fábio Cota, filho dos amigos Maura e José Afonso Cota, de Brasília, só comparece na primeira edição de Estágio no Planeta Terra.
Fábio, hoje arquiteto e músico, desde criança era exímio desenhista e ilustrador.

"a Marcos Bresolin. Só opinou sobre o início. Lerá com certeza o restante lá na Espiritualidade. Ou em Zênidon."

Marcos Boes Bresolin, médico ortopedista, esposo de Tânia, iniciava-se no terreno da homeopatia, quando a esclerose lateral amiotrófica o surpreendeu. Já não falava, quando deu sua opinião sobre o texto em elaboração de Estágio no Planeta Terra. Em 1994, Marcos leu os ainda incipientes originais (eram mais incipientes ainda). Como não mais falava, eis parte do que escreveu: "Gostei do livro. Achei muito interessante. Se eu compraria? Não. Pra que comprar se eu já li? (...) o assunto traz conhecimento e análise do mundo que nos cerca. Às vezes esse conhecimento é muito forçado no texto e isso não é boa didática (...) Na primeira página faltou agradecer à Belina... (...) A leitura me prendeu a atenção. Quando acabar quero ler o resto."
No lançamento do livro, Bresolin já havia falecido em junho de 1995. A Belina que mencionou é muito falada (e zombada) no livro. Era verde, ano 1976.
Escrevi para Marcos Bresolin a seguinte carta, em 1995, por ocasião de sua morte:
Marcos Bresolin!
Nós acompanhamos um pouco da sua luta.  Raciocínio e inteligência em todo o seu brilho, tentando sobrepujar-se às funções decadentes do corpo enfraquecido.  Cada setor, cada departamento do envoltório físico diuturnamente apagando-se, desligando-se de forma irrecorrível, incontrolável, irreversível.   Na nossa impotência e ignorância chegamos até a pensar em uma luta desigual e ensaiamos um lamento surdo: — Por que justamente o Marcos, que era tão digno?!...
Sabemos que poucos de nós estamos suficientemente preparados para suportar as dificuldades que nos rodeiam.  Mas o Pai é infinitamente sábio e justo.  E Marcos, pela beleza interior que sempre demonstrou, certamente pôde participar do planejamento desta sua existência que ora se finda.  Sabia que poderia parcelar possíveis débitos mas, por injunções do seu programa de vida, valorosamente optou pela liquidação drástica desses débitos. Porque sabia que estava dando um passo adiante que iria projetá-lo na vanguarda de luz.  Sabia como ninguém interpretar as leis cármicas, que traduzem a aflição de hoje como a dívida de ontem.  "Merecimento de agora, crédito de amanhã."
Assimilou o princípio da transitoriedade das coisas da matéria e reconheceu que toda a sua impossibilidade física era passageira e tinha um objetivo maior.
E no ápice do sofrimento, suas lágrimas revelavam o cansaço...  Mas não podia desertar daquela prova, que apesar de tê-lo alijado dolorosamente da vida comum, iria purificá-lo, reforçando o caráter definitivo das conquistas do espírito.
Para quem pensar que Deus poderia agir e não agiu, podemos dizer em uníssono: agiu, sim!  O Senhor do Universo agiu em todos os momentos, mostrando-lhe os caminhos da resignação, descortinando-lhe, através de seus prepostos, mensageiros da Vida Maior, os valores inalienáveis do espírito e o que seria a verdadeira pátria: a Pátria Espiritual.
E Marcos retornou a essa pátria.  Senhor Jesus, Governador da Terra, amigo excelso de todas as horas, que braços amigos estejam esperando pelo nosso amigo querido.  Nós lhe pedimos, Senhor — eternos pedintes que somos — que receba o nosso Marcos que ressurge do sofrimento.  Não queremos, de forma alguma, Senhor, constituir nenhum empecilho para a recuperação desse espírito amigo, através do desespero e do desgoverno de nossos sentimentos.  No entanto, não podemos frear a saudade que já toma conta de nós.
Apesar de nossa limitação e pequenez, sabemos que agora ele está sob a Sua tutela.  Continue tomando conta dele.  Ajude-o, Mestre Amado,  para que ele se recupere rapidamente, e se adapte logo à nova vida.  Que colha os frutos plantados no jardim da dor, em forma de crescimento e renovação.
Que o suor da paciência e da resignação se transformem no sol da esperança na sua nova agenda de trabalho, que a vida é trabalho incessante!  Retempere-se no espaço, na busca de novos elementos que se incorporem à sua caminhada ascencional em direção ao Pai.
Temos certeza de que nossas vibrações carinhosas se transformam em prece no instante de sua grande viagem.  Marcos Boes Bresolin partiu em férias.  Férias merecidas.  Que todos os amigos da Espiritualidade — e devem ser muitos — estejam esperando para abraçá-lo afetuosos, com a alegria de quem recebe um companheiro querido que volta ao lar.  E dirão:  — Marcos está de volta! Alegria, Marcos!  Você conseguiu!
Ah! Como é bom ter a certeza — não é Marcos? —, de que viveremos para sempre e nos encontraremos algum dia, compartilhando os cânticos da vitória na grande libertação!
Que Deus, que é Amor, amor que se expande do átomo aos astros distantes, ilumine o nosso Marcos, que acaba de deixar o exílio.  Leva uma folha de serviços exemplar, leva a nossa saudade e a sensação doce e gratificante do dever dignamente cumprido.

Aristides
Brasília, 28 de junho de 1995,
na despedida de Marcos B. Bresolin 

"a Leda Vigier, Natércia Paiva e Luzita Pedrozo, um último impulso concreto para a edição."

Natércia Paiva é competente pedagoga, formada também em Letras, diretora de escola em Brasília, sobrinha de Maria Nelly Mendonça (esta a quem muito devo na minha formação humanista e espírita). Natércia, despretensiosamente, leu nossos originais e sinalizou que nossa idéia era boa e a história merecia ser publicada.


Luzita Pedrozo, amiga preciosa e bondosa, é ativista espírita em Rolândia-PR, do Movimento Assistencial Espírita — MAE.  


Leda Maria Vigier de Azevedo nasceu em junho de 1929, em Bento Ribeiro, subúrbio do Rio de Janeiro.  Cresceu e estudou no Rio, casando-se aos 20 anos de idade com Jorge Wilson.  Chegou a  morar nos Estados Unidos, embora morrendo de saudades do Brasil.  Voltando ao Rio, tempos difíceis fizeram com que o casal reunisse a família — já contava com três filhos — e viesse para Brasília em busca de melhores oportunidades.  De Brasília partiu para uma fazenda perto de Garapuava, município de Unaí, Minas Gerais, onde residiu até 2002. Hoje reside em Unaí.
Filha única de um casal de classe média, Leda sempre gostou de escrever.  Em seus escritos, sempre recriava o espaço e o tempo à sua volta de uma forma muito especial.
Contar histórias, sempre o fez para seus filhos.  Era solicitar um tema, para Leda Vigier surgir instantaneamente com um mundo de fantasias, tão divertido quanto cheio de ensinamentos.
Só com a vinda dos netos é que resolveu passar para o papel os seus contos, que sempre fascinaram as crianças.

Leda Vigier sempre gostou da literatura infanto-juvenil.  Escreveu, dentre outros, Assombrações em Guaiamun, Estranho Principado, Tamboril, Urutu,  A Mais Assombrada das Fazendas,  Maria Augusta, Tião, o Marujo, Irmã Terezinha e Rosinha,  a Boa Fantasminha.
Dentre os infantis destacam-se A Vela Azul, Dona Coruja Acácia, Insatisfações de Frinfrim e A Maior Barata, todas recheadas de ensinamentos cristãos.
Mas Leda é cheia de surpresas.  Em parceria com o mundo espiritual, lançou em maio de 1998 o romance Sinhá Amélia (Brasília: LGE, 1998). Lançou também o infantil O Junco do Céu (Brasília: LGE, 1998). Tive a honra de participar desses dois lançamentos, do começo ao fim.
Mas Leda tem outros preparados, como Novela da Vida, Chuvinha Miúda, Estância e Vila Rica da Serra, à espera de editores interessados.
Leda Vigier mora hoje na cidade Eclética. Seus telefones: (61) 3386-4302, 9634-7498 e 9248-3177 e (38) 3676-9395.

"à amiga Telma Richa e Sousa, minha maior crítica e tira-dúvidas de português."

Telma Richa e Sousa e seu marido, Aldo João de Souza, são amigos queridos.  Não aproveitei devidamente os conhecimentos de Telma no Estágio no Planeta Terra, que foi publicado com muitos erros.   Hoje, estou decidido a lançar uma terceira edição, com muitas modificações e acréscimo de um capítulo sobre Aids, quem sabe.

"a Elise, Érica, Leandro, Aline e Daniel — esposa e filhos queridos que, em muitos momentos, protagonizam estas."

À época, roubei muito tempo da família, para escrever Estágio no Planeta Terra.  Lis, Élida, Léo, Liane e André talvez sejam Elise, Érica,  Leandro, Aline e Daniel... que na realidade têm algumas semelhanças com os personagens do livro.  E Adriano (originalmente Ariel) poderia, em muitas coisas,  ser o próprio autor, quem sabe... E muito do que é lançado no livro como característico do personagem, pode ser encarado como um ideal de comportamento.   

"a Deus, Pai Amoroso e Compassivo que, como se não bastasse tudo o que já me deu, ainda permite essa minha estranha lucidez de misturar humor e coisa séria, numa mensagem alternativa para a virada do milênio..."

Quanto a Deus, é exatamente isso, sem maiores comentários.

Comentários (3)

Voltar