— Tô aqui com a cachola cheia de idéia para 2009, a gente precisa crescê nos investimento.
— Fala logo, maluco!
— Vamos agora assaltá avião.
— Pra isso a gente vai ter que ter um avião... e como é?
— A gente compra. Se num tivé grana, a gente rouba.
— Cheio de plano mermo. Nunca roubei um avião, moleque!
— A gente voa com o nosso até o outro. A gente manda encostar.
— Não dá!
— Então a gente manda descer.
— Até pode, mas se for avião dos grande, não desce em qualqué lugar.
— A gente então encosta do lado, abre as porta dos dois, e vai dum po ôtro.
— Ixe! Tem que ter uma pontaria danada... Achava melhor ir drento do avião e então fazê o rapa.
— Mas a passage é cara.
— E as promoção? Tem de um real.
— Até pode... Mas eles vigiam entrada de trabuco.
— A gente só entra com arma de prástico. E dá logo uma porrada no motorista.
— O nome é piloto.
— No piloto.
— E quem pilota, mano?
— É nóis, maluco.
— Você não aprendeu nem a dirigir carro... só jerico na obra.
— Dane-se.
— Você só põe dificulidade.
— Eu? você que só põe. Não quer crescê na vida.
— Até parece....
— Melhor a gente baixá a bola um pouco.
— É... melhor continuá a assaltá ônibus mermo.
— É... a gente pode até ir a pé.
Aristides Coelho Neto, 27.12.2008
Texto em homenagem à Real Reunidas Transportes e Turismo, à Agência Nacional de Transportes Terrestres, às empresas de transportes terrestres, à Polícia Rodoviária Federal, à Polícia Civil, à Promotoria de Defesa do Consumidor, à Defensoria Pública, à Segurança Pública no Brasil, etc.
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