“Por que a gente escreve?
Por que a gente cria?
Por acaso um almocreve,
Quando corre ou assobia,
Vai achando que é tão leve,
Que não sabe se escreve,
Muito menos por que cria?
Coisas da alma, da vida,
De Deus ou da Criação,
Alguns falam que é um dom,
Outros dizem: inspiração.
Eu prefiro nem pensar,
Porque racionalizar
Sempre fere o coração.
Acho um pouco isso mesmo...
Nessa vida itinerante,
É melhor andar a esmo,
Dar o passo, mesmo errante.
Mas nada que se compara
Com a sede saciada,
Quando o cara cansa e pára.
Assim, meu amigo dileto,
Eu não posso arriscar:
Se paro para escrever,
Se penso para criar,
Se corro como o moleque,
Pelo prazer de parar.”
Marão (23.2.2008)
Comentários (3)